segunda-feira, 2 de abril de 2012

Domingo de Ramos

Domingo de Ramos - 01/04/2012
É neste domingo que começa a Semana Santa. A igreja convida todos os cristãos a se concentrarem sobre os últimos acontecimentos em que culminou a missão de Jesus: o maior crime da humanidade, a morte do Filho de Deus na história humana, a Ressurreição de seu Filho.
O domingo de ramos realiza o que Simeão predissera: que Jesus seria sinal da contradição. De um lado vem a multidão com ramos nas mãos, aclamando Jesus: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor”, de outro, os grandes daquela época, homens habituados a leituras próprias e sagrados, decretar a mais cruel e injusta de todas as sentenças de morte. De um lado a esperança, o grito de alegria, do outro, o ódio, a maquinação diabólica, o desejo de morte e tudo para a mesma pessoa de Jesus.
A morte de Jesus é resultado de julgamento indigno, feito com base na justiça, para satisfazer interesses, para aplacar o ódio de autoridades feridas na sua inveja e pelo medo da verdade. É  o próprio Pilatos quem reconhece: “Não encontro neste homem motivo algum de condenação. Sou inocente do sangue deste justo”. Porque tão importante, como o pessoal do sinédrio que pressionou Pilatos, sentia-se tão ameaçado com a pregação de Jesus? O que ele pregava? O amor não só de palavras, mas o compromisso com a salvação de todos, com a justiça, atacava a hipocrisia, a falsidade, sobretudo, segundo se pode deduzir dos relatos, pregando o amor através de sua vida simples, sempre cercado dos mais pobres. Será que hoje é diferente? Será que os julgamentos indignos, feitos para satisfazer interesses despareceram da face da terra? Será que o poder tem acesso a justiça? Será que também hoje não existem de um lado multidões de sofredores, portas que se fecham, desabrigo, injustiça? E de outro lado um pequeno grupo que, para manter seus privilégios, garantir bens e interesses, tornam-se frio e indiferente e coopera direta ou indiretamente para a desgraça de tantos?
Cristo preveniu que, se fizeram assim com Ele, que iriam fazer com seus discípulos? Mas porque Cristo pede se Ele sabe que o resultado é o sofrimento? A missão de Jesus é constituir o Reino de bondade, de justiça e de verdade (Ef. 5, 8-9), A ressurreição de Jesus é a grande resposta do Pai à vida que brota da morte. O anti-reino continua presente e vai reagir sempre à implantação do Reino.
Querida comunidade, procuremos viver bem a semana Santa. Cristo abriu-nos o caminho. Revelou-nos o caminho. Revelou-nos a vida, onde a encontramos, a vida que não é atingida pela morte física. Esta morte que é e sempre foi o espectro, o pânico da humanidade, relativiza-se frente à ressurreição de Jesus que assegura para nós a vida, não será afetada pela morte física. Vamos lutar para que haja mais vida no mundo e para que TODOS tenham essa vida. Paz e Bem!
Texto: Padre Osmar Oliveira  – Paróquia N. Sra. Medianeira -  Joinville SC


Foto (Portuga) Celebração de Ramos na capela Bom Parto - 01/04

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